Esse texto é minha estreia como colunista do Portal Felicidade Sustentável e também um convite ao saboroso protagonismo da vida. Nos é presenteado todos os dias 24 horas para fazer “a vida acontecer”, como diz a expressão popular. Como um trem, começamos o dia devagar (pero no mucho rs) e muitas vezes, antes do meio-dia, estamos a todo vapor respondendo e-mails, gravando áudios, resolvendo demandas.
Há uma grande pressa interna, também chamada de ansiedade. A cabeça com mil pensamentos não dá muita trégua, vive no futuro e o oxigênio parece que falta. Pausa (também rápida) para nutrir o corpo. Um olho no celular e outro no prato. O tempo nos “arrasta” e, no final do dia, a sensação é de cansaço ou preocupação pelas tarefas que ficaram pendentes para as próximas 24 horas. O sono parece que não descansa.
A pergunta de ouro é: “Esse trágico panorama pode ser mudado?”
A resposta é sim! Mas dá trabalho, e muito! É mais fácil terceirizar a vida, viver no modo automático, com o externo sendo o protagonista da nossa história. Tomar as rédeas da nossa existência, sair do papel de coadjuvante, para assumir o papel principal exige coragem, com uma boa pitada de luz, gerada pelos primeiros passos na jornada rumo ao autoconhecimento.
Inúmeras vezes esquecemos que podemos escolher. Esquecemos que podemos criar e recriar nossa realidade, nossa vida. Esquecemos que podemos buscar novos ângulos de visão de uma mesma situação. Tudo isso é possível desde que comecemos a olhar para dentro e a questionar: para quê tanta pressa?
Se estivermos atentos, o Universo nos mostra exemplos admiráveis daqueles que sabem saborear os momentos. Se colocam no presente, se conectam consigo mesmos e sentem. Percebem cada som, sabor, textura, cheiro e nutrem o corpo, a mente e o coração com esses instantes mágicos. Se levam por inteiro para passear, trabalhar, dançar. Corpo e, principalmente, pensamentos estão conectados e no mesmo lugar.
Mesmo com o cotidiano atribulado, já sabemos que somos nós que administramos a velocidade do trem da vida e, com isso, podemos fazer paradas estratégicas para observar e retomar o ritmo com mais ânimo, alinhando o relógio interno para um movimento menos apressado e bem mais fluído.
O convite é, além de assumir o protagonismo de sua existência, lançar um novo olhar para a rotina apressada, e mudar a percepção sobre ela. Voltamos aqui a ser alunos para que possamos aprender a priorizar não só atividades, mas o que faz sentido de verdade pra gente. Nos tornamos donos do nosso tempo, onde não cabe uma pressa sufocante. O momento presente ganha espaço e traz junto consigo a magia de sensações e conexões. Um brinde à uma nova existência cheia de possibilidades!
Quer saber mais sobre protagonismo? Já assistiu no Netflix O Chamado para Coragem, da pesquisadora Brené Brown? É imperdível! Depois conta para nós o que achou dessa super dica.